top of page
  • Foto do escritorCarol Yu

Semana de 4 dias: o que precisamos para dar certo

100/80/100 - 100% de salário, 80% de carga de trabalho e 100% de produtividade.


Esta é a expectativa da nova estratégia para melhorar bem estar no ambiente corporativo. Após 6 meses do projeto piloto da 4DayBrazil, resultados fresquinhos acabaram de sair apontando para um modelo de trabalho com efeitos positivos entre líderes e colaboradores.


A pesquisa envolveu 252 colaboradores de 19 empresas de 11 ramos diferentes na região sudeste e Paraná. Os impactos desse piloto sobre o bem estar foi de 87,4% dos avaliados  sentem-se com mais energia, 14% percebem redução de estresse, 30% redução da ansiedade, com  44% melhor conciliamento entre vida pessoal e trabalho, 49% melhora na relação com o líder, impactando na melhora da criatividade em 80% e 60% de engajamento. 


Os resultados são animadores, mas é preciso pensar no que é preciso ser feito para que dê certo, especialmente porque mais de 50% perceberam aumento no ritmo de trabalho e 20% no volume e pressão de trabalho.


A questão que levantamos é: Quais são as habilidades necessárias para os líderes e colaboradores para  tornar este piloto em uma realidade sustentável?


A intenção inicial é que se tenha mais tempo pessoal, e isto vai exigir melhoria na organização, flexibilidade, maior colaboração entre equipes, grande comprometimento com o trabalho. Sem dúvidas vai exigir muito aprendizado e empenho coletivo.


É importante oferecer mais tempo para vida pessoal! Tão importante quanto ajudar na gestão de prazos, redistribuição de tarefas, limites e expectativas. É preciso evitar que a inovação se transforme no antigo problema. Assim como os smartphones oferecem a maravilha de ter o mundo nas mãos, ele trouxe o trabalho infinito, já que há uma cobrança silenciosa de acessibilidade remota e respostas às demandas de qualquer lugar. A sexta livre não pode ser usada para adiantar algo porque a cobrança na empresa é severa.



Quando nos deparamos com o projeto piloto, ficamos de certa forma esperançosos de ver empresas abertas a testar este novo modelo, porque a implementação só poderá ser feita com muito planejamento e desejo de mudanças dentro da cultura organizacional. Portanto este projeto mostrou um indício que algumas empresas estão dispostas a mudar o processo de trabalho para garantir a sustentabilidade do negócio com base na sustentabilidade humana. Ou seja, algumas empresas estão começando a compreender que o “sucesso” nos negócios e a saúde humana andam de mãos dadas. 


A semente está plantada. Para que possamos realmente imaginar essa como a realidade do futuro do trabalho, devemos também nos atentar para que este novo modelo seja encarado como regra  e que os esforços sejam destinados para que esta realidade seja de fato para todos, e não apenas como um benefício de poucos. Afinal de contas, todos temos direito a uma qualidade de vida melhor. 


3 visualizações0 comentário

Comentários


bottom of page