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  • Foto do escritorCarol Yu

Mais você no trabalho: será que é necessário separar o que você é do que você faz?

Como seres sociais que nós somos, o ambiente externo e a Cultura na qual somos educadas influenciam na forma como cada um de nós vive o mundo, como cada um interpreta as informações e como cada um de nós reage diante de uma dada situação. 


Diante disso, queremos trazer uma reflexão sobre o ambiente de trabalho como um espaço em que ocupamos uma grande parte de nosso dia com um determinado grupo de pessoas. Ou seja, é um espaço dinâmico de trocas, sejam elas mais  positivas ou negativas. Para muitas pessoas, isso fica claro pensando nas influências negativas que um chefe ou líder pode ter na equipe quando este não está muito bem preparado ou simplesmente está tendo um dia ruim. Ninguém é imune às emoções, nem você, nem seu chefe e nem a dona da empresa. Nós temos a tendência a sincronizar nossas emoções e humores de acordo com as pessoas ao nosso redor, muitas vezes de forma inconsciente! O professor Ekman explora esse tema em seu livro


Mas, você já parou para pensar nas influências positivas que também estão presentes no ambiente de trabalho? Quem veio à sua mente ao ler este texto? Você já agradeceu a essa pessoa por ser uma fonte de referência boa em dias nublados? E você? Já se enxergou com essa capacidade e potencialidade de influência com seus colegas? Aqui, fazemos a ressalva de que quando falamos de influência, estamos tentando indicar o caminho da responsabilidade afetiva e não de influência de poder e ego. 


Para quem busca referências e cursos acessíveis, fica aqui a dica do curso gratuito da Harvardx Exercising Leadership: Foundational Principles. O curso é de nível introdutório, mas trouxe reflexões interessantes acerca da ideia de autoridade, principalmente o conceito de autoridade informal - que não vem por conta de um cargo oficial impositivo clássico top-down, mas pelo posicionamento efetivo de conhecimento e segurança. Assim, será que podemos imaginar possibilidades de desenvolver essa autoridade informal dentro de cada um de nós e ampliar para capacidades e habilidades de um líder mais horizontal? Será que conseguimos desenvolver essas habilidades de liderança tão almejada no mercado de trabalho se continuarmos insistindo em máscaras sociais e na separação entre quem nós somos e o que fazemos?


fonte: wix imagens


Há alguns anos, o grupo Gallup lançou o livro The Five Essential Elements of Well-being.Ele serviu de um guia maravilhoso no início da nossa jornada na Envolve Mais, pois trazia dados de pesquisas científicas e insights para uma vida mais saudável e dicas palpáveis para implementarmos hábitos de bem-estar.


Podemos explorar cada elemento e ter conteúdos infinitos sobre eles em textos futuros. É realmente uma temática que nos toca e envolve. Mas, para hoje, quisemos trazer uma descoberta das pesquisas sobre o alcance das influências indiretas das relações interpessoais. Pois é! Temos o famoso provérbio “Diga-me com quem andas e te direi quem és”; mas as pesquisas vão um pouco além ao mostrar que há também um certo grau de influência dos amigos dos amigos, de pessoas que você não necessariamente já tenha conhecido/encontrado na sua saúde. 


A pesquisa foi realizada ao longo de 30 anos com mais de 12 mil pessoas mostrou que as chances de você ser feliz aumentam em 15% se uma pessoa direta da sua rede de conexões é feliz. Mais incrível do que isso, os pesquisadores encontraram efeitos similares com contatos indiretos! Se o amigo de um amigo seu está feliz, as chances de você ser feliz aumentam em 10% mesmo você não tendo nenhuma interação com ela. 


No ambiente de trabalho especificamente, os estudos também mostraram em uma amostragem de 15 milhões de funcionários, apenas 30% relataram ter um “melhor amigo” no trabalho. E, por isso, eles tem 7x mais chances de estar engajados no trabalho, com os clientes e com menos chances de riscos de acidentes. Aqueles que relataram não ter relações fortes no trabalho mostraram 1/12 chance de estarem engajados. 


Com isso, queremos trazer a reflexão e questionar o mito da necessidade de separação da vida pessoal e vida profissional no trabalho. Claramente, os estudos apontam que ter uma relação social fortalecida e segura no ambiente de trabalho se traduz em uma qualidade de vida maior e qualidade de trabalho também. 


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