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  • Foto do escritorCarol Yu

Além da Obrigatoriedade: Por que Investir em Saúde Mental no Trabalho?

Linha do tempo: pequenos avanços

As leis brasileiras já estavam dando sinal de que iriam mudar para poder englobar mais as questões de saúde mental.

  • Em 28 de maio de 2019 a síndrome de burnout foi incluída como um fenômeno ocupacional.

  • Em março  de 2024, a Lei nº 14.831/24, instituiu o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental para incentivar as práticas internas para promover a saúde mental e bem estar no ambiente ocupacional.

  • E a partir de 2025, a nova redação da NR 1, publicada pela Portaria MTE Nº 1.419/2024, orienta as empresas a identificar, avaliar e gerir os riscos psicossociais no ambiente de trabalho, com o mesmo rigor que é aplicado aos riscos físicos e químicos. Com reavaliação obrigatória a cada 2 anos.


O que são Riscos Psicossociais?

As empresas que ainda não estão sensibilizadas com saúde mental, estão vendo as mudanças como mais uma obrigatoriedade sem sentido. Mas vamos entender um pouco melhor, o que são estes riscos e o que eles tem a ver com bem estar e saúde mental e o porque as empresas devem fazer esta gestão de forma criteriosa para se beneficiar.


Riscos psicossociais abrangem fatores variados que influenciam na saúde global do trabalhador, iniciando pela saúde mental e podendo evoluir para problemas físicos. Tudo que puder afetar negativamente o estado mental e/ou emocional vai entrar como risco psicossocial: de sobrecarga mental a relacionamentos pessoais. Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta os seguintes riscos psicossociais:

  • sobrecarga horária;

  • sobrecarga de trabalho mental e físico;

  • monotonia;

  • falta de autonomia;

  • burnout;

  • assédio moral e violência;

  • insegurança no emprego;

  • stress (Individual e no trabalho).


Efeitos da exposição contínua aos Riscos Psicossociais

A exposição contínua a estes riscos podem levar as seguintes consequências: 

  • inibição da capacidade de concentração e tomada de decisão;

  • decréscimo da produtividade e qualidade do trabalho;

  • acidentes de trabalho;

  • absentismo;

  • adoecimentos como ansiedade, depressão, stress, doenças cardiovasculares, entre outros;

  • problemas no sono;

  • isolamento;

  • abuso de substâncias;

  • agressividade e mudanças comportamentais.


Claramente os trabalhadores nestes quadros causam um impacto negativo para as empresas, e infelizmente eles não são minoria.

  • Estresse e ansiedade representam 52% de todos os casos de doenças ocupacionais;

  • Transtornos mentais são a 3ª maior causa de afastamento;

  • 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome do burnout;

  • O Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental em um ranking de 64 países.


Agora é a hora de mudar

Sem obrigatoriedade, as empresas demorarão muito para iniciar as ações e olhar para estes aspectos, especialmente porque muitos são subjetivos, o que dificulta para o gestor entender e gerenciar.


No entanto, os riscos psicossociais são diretamente influenciados por riscos organizacionais e de cargas cognitivas - riscos estes já levantados e discutidos há muito tempo pro profissionais que trabalham com a avaliação de riscos ocupacionais como os médicos do trabalho e especialmente os ergonomistas.


Toda mudança é incômoda, gera insegurança e incertezas, mas a médio prazo a mitigação destes riscos vai trazer muitos benefícios para as empresas. A Envolve Mais entende que é necessário muitas vezes passar pela obrigatoriedade para então dar início ao processo de sensibilização, para posterior conscientização e implementação de ações na empresa. O processo exige muito trabalho e mudanças, mas que geram benefícios que vão desde a melhora na produtividade, redução de absenteísmo a retenção de talentos ao fortalecimento da marca e cultura organizacional sustentável.


Todas as empresas irão passar pelo mesmo processo, de avaliação, conscientização de quais são as demandas reais, planejamentos, ações e ajustes de rota. No entanto, nem todo processo é igual, então convidamos a você, gestor, a iniciar este processo. A caminhada ainda é desconhecida, mas os resultados são promissores.

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